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UP-Maputo Lidera Iniciativas para Cidades do Futuro na Era Digital
A Inteligência Artificial (IA) e seu impacto na sociedade foi o tema central de debate na conferência realizada na quinta-feira (11), no Campus de Lhanguene, Auditório da Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Pedagógica de Maputo.
Sob o lema: “Cidades do futuro na era digital – diálogos sobre cultura, património, mobilidade e transformação digital”, o evento visou reflectir e repensar de forma crítica e multidisciplinar o futuro urbano de África, Moçambique e particularmente da Cidade de Maputo.
O vice-reitor da UP-Maputo, Professor Catedrático José Castiano, falando na conferência, afirmou ser indispensável que a academia contribua na preservação do património nacional, sem deixar de lado a IA que é uma aliada para o desenvolvimento social, intelectual e pessoal. “É necessário pensar e projectar uma imagem do futuro da nossa cidade capital, considerando o património cultural que faz parte da nossa identidade enquanto moçambicanos,” reiterou.
Por seu turno, Michael Croft, representante da UNESCO, indicou que as cidades são organismos vivos que expressam a história, a diversidade e criatividade de um determinado país, por isso, é necessário que o processo de digitalização de assistência e estimule o desenvolvimento social para que se possam ter mais cidades. “A UNESCO em Moçambique prioriza as indústrias culturais e criativas para o desenvolvimento urbano, de modo a garantir o acesso à educação, ao trabalho e valorização da cultura,” assegurou.
Paralelamente ao evento, foram realizadas sessões com temas voltados ao património cultural na Era Digital, Arquitectura, Urbanismo e Adaptação climática, políticas públicas, aplicação da IA como ferramenta de mediação cultural e a mobilidade urbana em Maputo.
Ézar Nharreluga, presidente da Associação Cultural da UP-Maputo, avançou que a conferência constituía uma plataforma multidisciplinar que busca articular a tradição e modernidade, reflectir sobre soluções criativas e sustentáveis para tornar as cidades africanas mais humanas, resilientes e justas. “Há necessidade de se pensar e projectar estratégias face à realidade actual, equilibrando a inovação tecnológica, o desenvolvimento urbano e a preservação da identidade cultural por meio da inteligência artificial,” disse.
Por outro lado, Célio Tiane, director nacional do Património Cultural e Material, defendeu uma reflexão inclusiva que permita preservar as cidades antigas e actuais, tendo em conta a expansão urbana, a legislação cultural e o desenvolvimento tecnológico. “Esperamos que essas sessões possam moldar os nossos pensamentos, munindo-nos de conhecimentos que nos permitirão aprimorar o quadro legal em função das dinâmicas sociais em coordenação com o ministério tutelar”.
Para a arquitecta Jéssica Lage, uma das oradoras, a IA pode ser de grande valia para gerar uma inclusão e supervisão na construção destas cidades. “É necessário que as pessoas sejam dadas acompanhamento e assistência por meio da digitalização de serviços que permitirão ordenar as zonas urbanas de forma, buscando manter uma cidade resiliente e sustentável por meio da inteligência artificial”. (X)
Por: GCI/UP-Maputo
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